domingo, 8 de julho de 2007

Vagas para líderes (Por Marco Roza)

O mercado de trabalho está à procura de líderes. O emprego é imediato. O salário acima da média. E mesmo assim, sobram vagas para líderes. Por quê?

Ser líder é um diferencial que não se aprende por imitação. Requer tempo, dedicação e o desenvolvimento intuitivo para conseguir liderar pessoas.

A tendência natural quando nós mortais aprendemos que líderes têm mais chances de empregabilidade é simular numa entrevista de emprego ou nas dinâmicas de seleção o que imaginamos ser o comportamento de um líder.

A voz empostada, a precisão das palavras, a convicção em apresentar as idéias ("nunca perdi um negócio"), o auto-elogio ("pode ter alguém tão honesto quanto eu, mas mais honesto que eu é impossível"), o discurso de especialista, em suma, qualidades simuladas que transformam o pretendente a líder em um chato.

Uma das preocupações que você deve ter, se quer reforçar o seu perfil de liderança, é deixar cair a ficha que o líder autêntico não lidera pessoas, mas sim processos. Ou seja, trata-se de aluguem que entende como o conjunto das pessoas, capital, material disponível (matéria-prima ou material de apoio) devem ser combinados, no tempo, para se obter os resultados esperados pela empresa.

Por isso, o verdadeiro líder se torna uma pessoa especial. Antes de ser um chefe que dá ordens, é um profissional que apóia as pessoas para mantê-las focadas nos processos. E as estimula a ponto de obter resultados no menor tempo e custo possíveis.

É difícil achar um líder porque a burrice ambiental os substitui por chefes que se apóiam em ordens. Quaisquer ordens. Gente que gosta de mandar. Mesmo sem saber para quê está mandando.

Se você quer então aproveitar as oportunidades que o mercado oferece para líderes, antes de concentrar no próprio umbigo e imaginar o que é ser um líder, faça o seu dever de casa antes da entrevista ou dinâmica de seleção.

Concentre-se em processos e se prepare para ser absolutamente honesto com você mesmo e com os objetivos esperados. A grande maioria dos candidatos perdem a vaga porque não conseguem dizer não nas situações simuladas durante uma seleção. Ou seja, são pessoas que só dizem sim. Que transferem culpas. Que tendem a canalizar os elogios para eles, em vez de dividi-los com a equipe.

Lembre-se também que é impossível se fingir de líder. Portanto, comece agora mesmo a aprender a ser um líder orgânico. Para tanto, sugiro que se concentre nos processos e comece a gostar das pessoas que irão, sob sua influência, caminhar para se conseguir os objetivos que interessem à corporação, à equipe e ao indivíduo. E, especialmente, ao cliente final.

Marco Roza é jornalista. Diretor da MDM (Marco Direto Marketing). Pode ser contatado no 0800-11-1239 ou por meio do blog Cenários Estratégicos Marco Roza .

FONTE: http://br.invertia.com/canales/noticia.aspx?IdCanal=649&IdNoticia=200704051714_RED_31356286

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